Autora: Laura Conrado
Ano: 2012 - Número de páginas: 239
Editora: Novo Século Gênero: Romance|Chick Lit - Skoob

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Narrado em primeira pessoa, pela personagem principal Catarina, o livro conta sua história. Uma jovem de 23 anos, recém formada em administração, trabalha numa grande empresa e sempre está à procura de formas de ter seu trabalho, ideias, projetos reconhecidos pelos seus chefes, mas tendo pouco êxito. Tanto sua vida profissional quanto amorosa não estão nada bem. Ela acaba de ser dispensada pelo colega de trabalho que saía há 2 meses, por outra mulher, e já contabiliza uma boa quantidade de desilusões e foras tomados.

Se sentindo frustrada, abandonada, cansada, raivosa, muito chorosa e pronta pra brigar, Catarina vai atrás de um terapeuta incentivada pela prima Carla.

Na primeira visita ela já fica encantada pelo terapeuta Luiz. Um homem charmoso, alto, olhos verdes e talvez na faixa dos 30 anos. Após algumas sessões, todas feitas uma vez na semana, Catarina acaba se apaixonando por Luiz, pois ele está sempre a ouvindo e sabe dos assuntos mais íntimos de sua vida (é claro, é pra isso que serve um terapeuta).

Agora apaixonada por alguém que vê uma vez por semana, com problemas no trabalho, família e amigos, Catarina precisa descobrir como fazer para se sentir bem consigo mesma, resolver seus traumas de infância e dar um tchan na vida amorosa. Já que ela está ligada à profissional. 


Com personagens bem construídos, acabei sentido uma certa intimidade com eles, pois tudo é narrado por Catarina e seu jeito divertido de contar sobre eles nos envolve.
Fiquei com ódio da Carmem (a vaca do escritório), com dó e depois feliz pela amiga de Catarina, a Mônica, com pena da falta de confiança em si mesma de Fabiane (outra amiga dela), me diverti com o jeito engraçado de falar e agir do instrutor da academia Fernando (o Pirilampo) e a família comum mas diferente dela. 

Um chick lit divertidíssimo, com grandes reflexões sobre a vida, e com certeza algum dos problemas que Catarina tem e mostra na história, alguém já passou, passa ou passará um dia. 
Não é daqueles livros que vai te fazer rir litros ou chorar feito condenada como Catarina (ôh menina chorona), mas você vai se entreter, se identificar e até achar soluções para alguns problemas da vida. 

Alguns erros de concordância foram achados, o que fez certas partes ficarem um pouco confusas para entender, mas anda que uma boa revisão para colocar em ordem. 
Quanto à capa não entendi muito bem, porque a bonequinha é magrinha e Catarina muitas vezes citava seu desgosto com seus pneus e necessidade de malhar. Só se era tudo da cabeça dela e nem fosse tudo isso. 

Mas enfim, livro super recomendado!


Citações:
"Estava triste e resignada com o fato de tê-lo perdido para outra. Contudo, não era só tristeza: era uma revolta, um sentimento de estar inconformada com a minha realidade. Estar com a vida mais ou menos estava me matando por dentro. Não entendia o que me gerava tanta raiva, mas também não sabia o que me deixaria contente. Será que só ter um namorado me faria feliz? " pág 18

"Perder homem para mulher bonita já era difícil, mas para mulher feia parecia ser pior. Eu me sentia ainda mais azarada. Eu me sentia ainda mais azarada. Eu nunca tinha visto Júnia arrumada, maquiada ou falando! Ela era uma songamonga! E eu tinha sido trocada por ela!" pág 34

"A beleza da Fabi não foi suficiente para deixá-la segura diante do amor. Confiar em si mesma nada tinha a ver com cabelos compridos e corpo esculpido em academia. Ser desejada por inúmeros caras não ajudou. Ela tinha tanto medo de Flávio deixá-la, que ela própria acabou com tudo. Eu sentia a mesma insegurança. O mesmo medo de gostar. [...] Eu tentava aprender com a situação. Prometia a mim mesma, em silêncio, me cuidar e buscar me conhecer para que, quando eu estivesse com alguém, não cometesse o mesmo erro. " pág 173

"Pensei até no Freud, com quem eu até batia algum papo. Talvez ele não fizesse ideia de que, em outro lugar no mundo, anos após sua morte, uma simples garota iria tentar aprender alguma coisa com ele. De certa forma, ele me inspirava a me conhecer! " pág 238


* Essa postagem faz parte do #MêsEspecialLivrosNacionais 
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3 Comentários

  1. Freud me tira dessa é um livro que eu super, muito, #tôafim querendo comprar. Infelizmente a verba não deixa de jeito nenhum. Uma beleza que só. :D
    Será que a Carina tem problemas com o tamanho? Se vê gorda e é magrela como a capa ou só foi uma bonequinha no terapeuta?
    Eu acho que me apaixonar pelo Luiz é quase hilário. HUSAHSUASH Quem não quer alguém que te escute(prestando atenção) E dê um chute para a solução dos problemas?xD
    Eu quero u_u'
    Quero mais ainda a continuação de Freud, porque eu ouvi em algum lugar que tem a continuação, então depois eu quero me aloprar mais ainda pra tê-lo em mãos! <3
    www.nyasmim.blogspot.com.br

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  2. Esse foi o único livro do gênero Chick Lit que me chamou atenção, inclusive entre os internacionais, acho que por ser escrito por uma brasileira ele tem umas situações mais engraçadas pra nós *afinal tem piada que só americano entende* e como acho que o objetivo do gênero Chick Lit é esse ele cumpre bem sua missão, espero pode lê-lo em breve e ajudar *ainda que um pouco* a literatura brasileira.

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  3. Sou super louca pra ler esse livro, mas nunca consigo compra-lo infelizmente. =/
    E acho que essa é a primeira resenha que leio que cita os erros de concordância o que é uma pena, pois o livro parece ser muito bom. Sem contar que amo Chick Lit e acredito que não fica devendo em nada para as grandes autoras internacionais. Só seria bom ter um melhor cuidado com a revisão.

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