Autoras: Meg Cabot, Paula Pimenta, Lauren Kate, Patricia Barboza
Ano: 2013 - Número de páginas: 288
Editora: Galera Record - Gênero: Romance - Skoob

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Contando quatro histórias de novas princesas modernas, O Livro das Princesas entretêm o seu público alvo, os pré adolescentes e adolescentes, e claro, quem curte uma repaginada em contos antigos e princesas mais destemidas, independentes e estilosas.

No primeiro conto, escrito por Meg Cabot, da Bela e a Fera, temos A Modelo e o Monstro. Uma história um tanto quanto fantasiosa e corrida. Porque se não for fantasiosa não é conto de princesa. Belle Morris é uma modelo de apenas 18 anos, com fama internacional, super requisitada nesse mundo da moda e conhecida por pessoas de todas as idades.
Na Lua de Mel do pai e sua nova mulher, eles viajam num navio bem chique, junto da filha da madastra (agora meia-irmã) Penny. Belle sempre imaginou conhecer um cara misterioso, que não ligasse que ela fosse uma top model muito assediada. Então, no navio ela vê de longe um homem, do tipo sombrio e misterioso, e quando bateu os olhos nele, mesmo à distância e no escuro, sentiu algo por ele. 

Após ser atacada no elevador por um carinha metido a gostosão que achava que ela daria mole, Belle é salva por esse homem misterioso e o vê pela primeira vez, cara a cara. A partir daí é lenda... brincadeira! Mas se eu contar mais, não tem graça.
Conto curto, um pouco sem graça. Uma releitura de Bela e a Fera, mas com uma Bela modelo e Fera sem pelo. Lembrou muito o filme A Fera com a Vanessa Hudgens e Alex Pettyfer.
"Em vez disso, enquanto afundava na inconsciência, só o que me perguntava era o que seria ele - homem ou monstro?" pág 39

O segundo conto é da Paula Pimenta, a Princesa Pop, releitura de Cinderela. Um dos que mais gostei. Cintia Dorella é uma garota de 17 anos, terminando o ensino médio, mora com a tia após ver seu pai com a amante na própria casa e espera que sua mãe, arqueóloga, volte do Japão. Seu hobby que também virou trabalho nos fins de semana, é ser DJ e tocar nas festas. É claro que seu pai não sabe, senão proibiria por ser menor de idade. Ela é conhecida como a DJ Cinderela, porque sempre quando dá meia-noite, Cintia precisa ir para casa como toque de recolher que a tia impôs como acordo para continuar trabalhando. 

Quando as filhas gêmeas da amante, atual esposa do pai de Cintia, resolvem fazer uma festona de 15 anos, Cintia é convidada, quase intimada por seu pai a comparecer. O problema é que ela iria para a festa como DJ para tocar, sem saber que era a mesma das gêmeas. Seu pai não pode saber, claro. Como a festa é à fantasia, ela vai de bobo da corte com uma máscara de teatro, e na décima segunda badalada, coloca sua roupinha de princesa pra comprovar que compareceu à festa. Ela, tocando nas picapes acaba conhecendo um rapaz que tinha um papo bacana e mesmo gosto musical. E como uma princesa moderna, Cintia não usa sapatinho de cristal, e sim All Star. Mas não um qualquer, é um estilizado pela tia designer. 

O problemão maior surge quando sua madrasta descobre o trabalho de Cintia e a ameaça caso ela não dê o outro sapato all star que Freddy Prince deseja. Freddy é o garoto interessante que também ficou interessado na DJ Cinderela e agora está atrás dessa garota mascarada para conhecer melhor e tal tal tal.

O resto vocês sabem, já que é releitura da Cinderela. Mas sem animais falantes, vassouras e utensílios domésticos que ganham vida e abóboras que viram Ferrari. Uma história moderninha, bem divertida, com personagens bem construídos e simpáticos.  
Esse conto me lembrou o filme Outro Conto da Nova Cinderela com a Selena Gomez e Andrew Seeley. 
"Sem pedir permissão, meus pensamentos voaram para o garoto da cabine de som. E, mais de repente ainda, me peguei desejando que ele tivesse me conhecido daquele jeito, com meu rosto verdadeiro e não com uma máscara!" pág 114

Não é puxando a sardinha pro lado das autoras nacionais não, mas achei as delas as mais diferentes, legais e entretidas e possíveis de acontecer. Porque, mesmo sendo bacana ter fantasia, elas sendo princesas modernas, é preciso um pingo de realidade e possibilidade de ocorrer, nem que fosse num futuro distante. 


Não posso dizer o mesmo do conto da autora Lauren Kate, o conto Eclipse do Unicórnio, releitura de Bela Adormecida. Se pensarmos em algo moderno que pode se ver no cotidiano, esse não dá. 

Percy é um garoto normal de 16 anos, que faz ensino médio e antes namorava Amber, uma garota bem doidinha, que após uma festa, termina com ele e arranja outro namorado rapidinho. Deprimido, Percy precisa ir à Paris numa excursão do colégio por causa das aulas de francês que já tinha pago e não tinha mais como desistir . 

Mais de mil anos atrás, nascia Talia, uma garotinha ruiva lindíssima, filha do rei e rainha de terras distantes da França. Ela foi presenteada por 8 anjos quando nasceu. Um deles, o Anjo da Justiça a presenteou com a justiça interior, assim quando ficar ousada demais descobrirá sua própria punição. Ela cobiçará um animal que não lhe pertence (o unicórnio), vai querer passar a mão no seu chifre, se cortará e morrerá. 

Mas para amenizar a tristeza e a dor que assolariam todos, o Anjo do Amor faz com que quando Talia se cortar, não morrerá e sim dormirá até que seja o eclipse (o momento em que ela nasceu) e o seu amor consiga libertá-la do sono. Mesmo todo o reino escondendo qualquer vestígio de unicórnio, seja nas tapeçarias, estábulos, histórias e conversas, aos 16 anos Talia o descobre, se corta e adormece. Apenas ela, e não o reino todo como o conto da Bela Adormecida. 

Percy, que nada se divertia com a excursão, começa a passear por conta própria numa vila onde, por coincidência é o reino da princesa Talia após séculos, e seu castelo onde adormece. Lá ele ainda encontra um unicórnio. Oi? 

Bem fantasioso, o Eclipse do Unicórnio ainda te deixa numa curiosidade para saber o que vem depois do fim que a autora escreve. A gente fica naquela de: e aí, tem mais não? O que acontece a seguir? 
É claro que o conto é uma gracinha, com coisa de anjinhos e tudo mais, mas nada real. 
"- Se e quando perfurares tua pele no unicórnio que cobiçares - começou o Anjo do Amor -, não morrerás, apenas adormecerás. Não será fácil despertar de teu sono, mas juro que poderá ser feito. Sim, exigirá o beijo do mesmo perigo que te fez dormir." pág 206

E por último, e não menos importante, o conto de Patrícia Barboza, Do Alto da Torre, releitura de Rapunzel. Para quem gosta de livro juvenil, vai achar uma fofurice só. 

Camila Soares é uma adolescente de quase 15 anos, conhecida por todos como Rapunzel por ter um cabelo bem grande que bate debaixo do bumbum, mesmo com seus 1,70 metros. Seus pais morreram e agora ela vive com sua madrinha (e meia-irmã de sua mãe) exigente e controladora, no 12º andar do prédio que chama carinhosamente de Torre.

Devido uma promessa feita pela sua madrinha para que Camila ficasse boa de uma doença grave quando pequena, ela não poderia cortar o cabelo até completar 15 anos. É claro que a data estava para chegar.
Essa cabeleira loira, quando trançada, deixava ainda mais sua marca de rapunzel.

Mas como toda princesinha, Camila tem um segredo. Ela se esconde atrás de uma peruca morena curta e óculos escuros, e canta as músicas de Katy Perry, sua cantora preferida, na frente da câmera do seu melhor amigo Pedro (um nerd que nutre um amor por ela desde sempre) e posta no seu canal do Youtube: Do Alto da Torre e é conhecida como Mila Tower. 

O único jeito de mostrar seu talento é cantando no show de talentos do seu colégio sem ser descoberta pela madrinha senão nunca mais vai cantar.
"[...] - Por que nós, princesas modernas, precisamos de um príncipe para nos salvar? Já pensou que nos dias de hoje as princesas podem ter o poder nas mãos? Que elas vão resgatar o príncipe?" pág 252

Apesar dos contos serem clichês e alguns lembrarem filmes da Disney ou esses da sessão da tarde, eles deixam a sensação de que a gente sabe o que vai acontecer, mas ainda mantem a curiosidade para saber como vai acontecer e quais as mudanças do conto original. 


* Essa postagem faz parte do #MêsEspecialLivrosNacionais 
(saiba mais clicando na hashtag)


2 Comentários

  1. Acho que discordo de tu Ananda, ok, não li o livro, mas o conto da Lauren me parece o mais bem escrito, até o título o diferencia bem dos outros, não que os das autoras nacionais e da Meg não mereçam atenção, mas se fossem livros únicos eu iria com certeza querer ler "Eclipse do Unicórnio" já entre os das autoras brasileiras eu iria escolher o da princesa Dj, que além de diferente parece ter uma história mais legal que o da rapunzzzzz. *Mas lembre-se que isso é apenas a minha opinião u.u*

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  2. Minha sobrinha ganhou, está lendo e gostando, depois vou querer conferir também.
    Bjs, Rose.

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